Secretário de Educação de Teixeira de Freitas tenta evitar greve dos professores

Teixeira de Freitas: Secretário de Educação apela ao bom senso para evitar greve dos professores
Teixeira de Freitas - Na tarde desta terça-feira, dia 19 de março, o secretário de Educação e Cultura, Ermon Freitas, reuniu a imprensa durante uma entrevista coletiva e apelou para o bom sendo dos professores da rede municipal, para que tenham bom senso em reconhecer as dificuldades financeiras da Prefeitura, que não teria condição de oferecer qualquer reajuste salarial no momento.
Segundo Freitas “a receita prevista para a educação em 2019, de recursos do Fundeb, é de R$ 81.600.688,49 e desse total, somente com a folha de pagamento do magistério é de R$ 86.286.174,80, o que representa um déficit de R$ 4.685.486,31. Déficit que, somado ao reajuste do piso salarial reivindicado pelos professores de 7,58%, põe em risco os investimentos na educação e o pagamento dos atuais salários, algo na ordem R$ 12 milhões, só em 2019”. 
“O nosso pedido é para que os professores se sensibilizem e não entrem em greve. Uma paralisação tem prejuízos enormes aos alunos, pais e também aos professores, que não gostariam de fazer greve. Nós continuamos em negociação, com diálogo aberto. Estamos aguardando um retorno do Governo Federal para que possamos apresentar uma proposta à categoria. Enquanto isso, volto a pedir para que a greve não aconteça e que as famílias não sejam prejudicadas”, disse.
Além deste apelo, feito durante a entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (19), o secretário apresentou o cenário financeiro para este ano e os dados do piso salarial pago aos professores, que segundo ele ‘é acima do piso nacional’. 
De acordo com o MEC, o piso nacional do Magistério para 40 horas, é de R$ 2.557,74, e R$ 1.278,87, para 20 horas. No entanto, a Prefeitura de Teixeira de Freitas, segundo o secretário ‘paga acima do piso salarial: os professores efetivos, com carga horária de 40 horas, com dois concursos, recebem, em média, R$ 6.356,32, sendo a menor remuneração R$ 4.588,23 e a maior R$ 8.062,32’.
“A média paga a professores com 20 horas, com extensão de carga horária que soma 40 horas, é de R$ 5.238,37, sendo a menor remuneração R$ 3.432,63 e maior R$ 6.585,15. Já os professores com 20 horas, recebem, em média R$ 3.326,53, sendo o menor valor de R$ 2.147,75 e o maior de R$ 3.942,46. Remunerações estas, que superam o novo piso salarial divulgado pelo MEC”, completou.
“Nesta quinta-feira (21), data em que a APLB sindicato comunicou o início da greve, as escolas estarão abertas e vão funcionar. O que pedimos é a sensibilização de pais e professores para que esse movimento de greve cesse. O diálogo continua. Porém, neste momento, em que os repasses federais são insuficientes, não é matematicamente possível conceder o reajuste acima do piso nacional da categoria”, destaca Hermon. 
Além do reajuste salarial de 7,58% a APLB/Sindicato apresentou à Secretaria Municipal de Educação uma pauta extensa, envolvendo melhorias de condições de trabalho e reestruturação dos prédios escolares. Segundo Ermon Freitas existem outras reivindicações que constam na pauta ‘possíveis de serem atendidas, mas aumento salarial é matematicamente impossível’.

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